domingo, 3 de janeiro de 2016

Aonde

Já não adianta espelho
som ou coisa alguma.
Onde estou, senão no meio do nada?
Gente...muita gente...solidão.
Carros passam mas não me levam, nem aviões.
Chove forte mas não desço pela correnteza.
De onde vem tanta dor se não encontro um machucado visível?
Alma não tem pele, já não tenho asas...
Meninos malvados são aqueles que acertam pedras em passarinhos.
Pobre passarinho. 
Gaiola aberta, asa quebrada...depenada.
Voa...aonde estou?

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

ReveR

E volta a doer...mas não reclamo, pois só a sente quem tá vivo.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Com que direito à escravidão me obrigas?

     Já nem sei mais o que é dor...apenas a sinto...faz parte de mim...e talvez por merecer me torne prisioneiro dela. Não tenho mais asas!
     Olhar o meu próprio retrato sorrindo já não me transmite nada. Ele está ali na parede, parado, imóvel, informando apenas o que o outro quer vê: a paisagem...gaiola.
     "Porque me prendes? Solta-me covarde, não me roubes a minha liberdade...quero voar...voar..." Sábio Olavo Bilac.

Nilton Dias

segunda-feira, 26 de março de 2012

Passo atrás, um caminho, uma dança.


...E aconteceu...
    Tudo mudou, a estrada já não é mais a mesma e nem a emoção deixou as lágrimas caírem no chão seco.         Talvez voltar só por esse caminho não o permita mais chorar, tá grandinho! O menino aprendeu.
    Ofereceu a mão afetuosa e sincera pra seguirem um caminho a dois e foi feliz. Viu flores, deixou-se molhar pela chuva com um sorriso no rosto, não mais se sentia só...mas como em toda jornada o menino encontrou um temporal, e já não conseguia mais segurar aquela mão, talvez nem tenha sido dele realmente aquele afetuoso toque, mas ele se permitiu segurar aquela, com toda força que tinha pra dispor, por muito tempo.
    Olhos de dúvida...Lembrou que no caminho em que passou tinha um atalho e ao invés de recuar toda aquela estrada, bifurcaria nessa nova possibilidade.
     Então ainda sentindo a dormência em sua mão a que aquela causou, deu meia volta, suspirou, quis chorar, mas ergueu a cabeça e pode ver que recuar também lhe mostrava luz, isso não seria fracassar e sim recomeçar, solto, mas firme, ele sempre descobria como ficar forte na dor, mesmo novo a vida o ensinara.
    Lembrou que tinha deixado tanto na vida pra seguir aquela missão, teve tantas lembranças boas do passado que o edificara e seus traços foram ficando marcados, o tempo estava passando e o menino crescia.
    Parecia-lhe tão perto aquele atalho, mas ele lembrou que tinha dedicado muito tempo de sua vida pra seguir a dois, aquilo o fazia tanto bem que não tinha se dado conta antes, como demorou naquela estrada e não tinha chegado ao objetivo final, talvez, porque aquele ponto não existisse.
    Propósito Divino ou apenas constatação?
    Murmurou algo que parecia-lhe uma música, sim música, ele ainda sabia cantar e aquilo abrilhantou mais ainda o seu retorno, já não sentia tanta solidão...
    O atalho? 
    Esse, ainda, ele não encontrou, mas descobriu que ser feliz não era seguir a mesma estrada sempre e que muitas vezes, se tem que recuar na vida pra tentar sentir o que seria traçar um novo caminho.
    Psiu menino!
    Seja feliz e Deus te abençoe. 
    Apenas viva...pois se não chegou ainda, um dia você chega lá.
    Vou sentir sua falta...

Nilton Dias

sábado, 25 de junho de 2011

Saudoso Gobira, meu pai!

10 anos se passaram e não imaginas a falta que me faz...

Especialmente hoje parece doer mais no que no dia em que você se foi...acordei nostálgico, com a certeza que se ainda estivesse aqui entre nós, muita coisa na minha vida seria diferente. Você me ensinou tanto, tanta coisa inclusive a ser forte mas sinto que hoje não sou.

Queria poder dizer volta, tudo seria mais fácil e as dores seriam menores, mas isso não é humanamente possível.

Sinto e sei que estas sempre me orientando, me guiando e muitas vezes ainda me chamando atenção, nunca vai deixar de proteger, eu sei. Mas lembrar de sua alegria e não tê-la ainda me dói, e acho que ainda machucará muito...

Me disseram uma vez que alguém nunca morre enquanto se estar vivo no coração dos que o amam, mas vai explicar isso pro tamanho de minha saudade de não ter mais perto quem amamos.

Te amo, te amo e te amo, onde quer que estejas não me deixa nunca Pai e me protege sempre.

Teu filho Nilton Dias

terça-feira, 14 de junho de 2011

Fragilidade lhe gera força?

     
      O mundo nos impõe figuras de super-heróis, fazendo com que escondamos nossas fraquezas.
      Não! mas eu não sou duro na queda, reconheço meus limites e eles que ma fazem criar forças pra me superar, seguir.
     Quando aprendemos a admitir que somos falhos e frágeis, que as vezes fraquejamos, adimitimos e nos damos a chance de aprender, melhorar.
      Me olha nos olhos...podes ver um menino em alma de homem ou apenas um homem que esconde uma criança feliz mais assustada com o que a "vida" cobra dele.
      Reconheço, que as vezes, muitas vezes caio e nem sempre consigo levantar-me sozinho, olho pro lado e te procuro, cadê sua mão?
     Posso toca-la?
     Ela existe?
     Meu Deus! é lá que você está...me sinto seguro agora e é quando fico fraco que me torno mais forte, a isso chamo fé.
     Não esperes de mim perfeição e nem que eu seja sempre rocha, pois sei ser suave e terno, assim como um fino veio de um córrego, que por sabedoria desce a fonte de uma montanha sabendo que chegando lá em baixo se tornará imenso pois encontrará o mar.
     É, sei ser pequeno pra me tornar imenso e sempre agradeço a Deus pela minha fragilidade porquê é nela que existo e me torno transparente para aqueles que amo.

     Saudações aos amigos de sempre e lembrem-se: Chorem pra depois poder sorrir.
     Essa é a conquista!
     Nossa força.

Nilton Dias

sábado, 26 de março de 2011

Gangorra da vida...

   
    E onde estou agora?
    Na gangorra da vida, decidindo horas que lado sobe, horas que lado desce...
    Na verdade, procurando o equilíbrio do impossível, afinal,  gangorra é justamente pra voce ver que lado mais pesa e movimentar os pesos num mesmo ritmo.
    Agora pergunto:
   O que mais faz pesar um dos lados? Serãos as coisas que construimos de benéfico, ou o peso do que carregamos na vida?
    Resta-nos refletirmos...
    Mas me sinto feliz e grato a Deus por ter esse impassem em minha vida, pois ele me movimenta.
    E o que seria da vida sem os problemas?
    Eles nos levam a decições de qual lado devemos pesar mais, problemas ou atitudes, tentando manter o equilíbrio das coisas.
    Mas gangorra foi fetia pra brincar! Então estou feliz, apesar dos dois pesos dessa balança, nesse incansável sobe e desce!... Brinco e Vivo!

Nilton Dias